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terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Jorge Vercillo estreia na Sony Music e apresenta o seu DNA...



D.N.A.: Substantivo Masculino. Ácido desoxirribonucléico. Elemento molecular responsável pelo armazenamento de todo o código genético dos seres vivos. D.N.A.: Nome que batiza o 8º álbum de estúdio do cantor e compositor Jorge Vercillo e que registra, na trajetória do artista, o início de muitas estreias.

Produzido pelo próprio Vercillo e por Paulo Calasans, o disco marca a estreia do artista em sua nova gravadora, a Sony Music. No melhor sentido da expressão, D.N.A. foi concebido de modo artesanal e também inaugura o estúdio “Poeta Paulo Emílio”, montado na casa do cantor. O estúdio foi batizado em homenagem ao compositor Paulo Emílio, sogro de Vercillo, e parceiro de Aldir Blanc, João Bosco, Sueli Costa, dentre outros.

O disco traz ao todo doze faixas, sendo dez canções inéditas, todas de autoria de Jorge Vercillo, sozinho ou em colaboração com parceiros habituais, como Dudu Falcão e Ana Carolina. D.N.A. ainda registra a primeira parceria do compositor com Alexandre Rocha, no ijexá “Por nós”, além do encontro inédito do cantor com o multi-instrumentista Filó Machado, no samba funk latino “Arco-Íris”. 

Abrindo o álbum, “Há de ser” (Jorge Vercillo) traz o primeiro trabalho em conjunto do cantor com um de seus ídolos, Milton Nascimento, com quem o cantor faz um sofisticado dueto. “Jorge é o que eu entendo por verdadeiro músico. É um amigo, faz parte de minha família, assim como abriu as portas da dele. E como se não bastasse ainda me deu a felicidade de cantarmos juntos Há de ser, uma obra prima. Irmão, obrigado a você e a seus músicos maravilhosos”, declara-se Milton Nascimento.

Outra estreia significativa desse novo álbum é a parceria entre o cantor e sua esposa, Gabriela Vercillo. Juntos, eles dividem a letra do standard jazz “Memória do prazer”, que tem melodia do compositor. Com regência e arranjo de cordas de Jaques Morelembaum, a canção conta ainda com a participação especial da talentosa voz da cantora Ninah Jo, apresentada por Vercillo.

Eleita como o primeiro single do disco, “Me transformo em luar” (Jorge Vercillo) remonta às origens musicais de Jorge Vercillo quando, no início do novo milênio, ele surgiu no cenário musical trazendo em seu D.N.A. o rhythm & blues e a black music, em canções como “Final feliz” e “Leve”, vertentes ausentes em “Todos nós somos um”, seu disco de estúdio anterior.

Em setembro de 2009, o cantor embarcou para uma temporada de shows em Luanda, Angola, onde gravou a afro “Quando eu crescer” (Jorge Vercillo), que tem parte da letra cantada em Kimbundo, um dos dialetos angolanos, em versão criada por Felipe Mukenga. A canção tem a participação do cantor angolano Dodô Miranda nos vocais, a percussão de Dalu Rogê e o apoio de um coral de adolescentes angolanos. Jorge Vercillo e Felipe Mukenga doaram integralmente os diretos autorais dessa música para o projeto de alfabetização das crianças angolanas.

D.N.A. traz ainda a jazzística “Caso perdido”, primeira parceria de Vercillo com Max Viana, nascida em um dos vários encontros de compositores, promovidos por Vercillo e Dudu Falcão, também parceiro de Vercillo em “Cor de mar”, que traz elementos de salsa, reggae, xote e shufle.

Pela primeira vez Vercillo usa cavaquinho, surdo, violão de sete cordas e formação original de samba num disco. A música “Verdade oculta”, de sua autoria, mostra o momento de envolvimento do cantor com a teosofia, ufologia e uma visão holística do mundo (“Como é que eu devo ter medo do que é só amor? / Perceba a cumplicidade entre espinho e flor... / Quem não julga o desigual nada vai descriminar...”). Em “Ventos elísios”, também de sua autoria, Vercillo faz um questionamento sobre a nossa incapacidade de compreender e de se aprofundar no que é impalpável e indizível (“É raso quando falo do profundo / É claro o despreparo se eu adentro pelo escuro”).

Jorge Vercillo ainda elegeu duas de suas canções já registradas por grandes - e queridas - intérpretes: “O que eu não conheço” (parceria com Jota Velloso), gravada por Maria Bethânia em 2009, no disco “Tua”, que agora ganha uma versão mais intimista, e “Um edifício no meio do mundo” (Jorge Vercillo/Ana Carolina), registrada pela parceira no projeto “Dois Quartos”, de 2009.

A canção “Deve Ser”, parceria com Dudu Falcão, entrou como faixa bônus. A balada, que compõe o repertório do último DVD de Vercillo, “Trem da Minha Vida”, está na trilha sonora da novela “Viver a Vida”, da TV Globo.

Esse é o mais puro D.N.A. de Jorge Vercillo.

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